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Fakebook

A verdade a gente não mostra. Mas é cada perfil bacana que a gente cria...

Em 2008, Jarryd Salem, 28, e Alesha Bradford, 31, deixaram a Austrália e embarcaram num sonho que muitos hoje consideram o ideal de felicidade: conhecer o mundo como viajantes profissionais, registrando tudo o que veem e vivem. Nos posts do blog Nomadasaurus e nas redes sociais, o casal relata suas experiências (incríveis) e estampa fotos (também incríveis) de regiões exóticas. Bungee Jump em Macau. Mergulho na Tailândia. Escalada na China. Pedido de noivado no Vietnã. Era esse o clima até dezembro de 2015, quando o tempo fechou, e eles publicaram os “bastidores” de uma vida até então perfeita. Um cenário árido que, definitivamente, o Instagram não mostra.

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Desabafos desse tipo vêm sendo feitos – ainda de maneira pontual - por pessoas que desistem de suas máscaras digitais e contam o quanto elas são pesadas. Gente que em algum momento se perdeu na busca por likes, pelo reconhecimento de seguidores, pela aceitação de uma multidão de avatares desconhecidos. Os perfis virtuais sempre representam uma versão editada de seus criadores, mas para alguns a intensidade dos filtros chega a um grau máximo, difícil de ser mantida. Quando prioridade é o que aparece nas telas, há realmente quem perca o controle sobre a própria vida - aquela da versão original. É neste momento que a rede ganha outro significado, transformando-se em uma teia que nos enrola.

Estamos falando de casos extremos. Mas eles certamente aparecem durante a rolagem infinita de sua timeline e podem, veja só, ser protagonizados por você. Ou o seu “eu” de carne e osso, aquele supostamente de verdade, nunca condicionou um comportamento, forçou uma reflexão e/ou pesou a mão numa foto em busca de mais interações?

“Usamos as redes sociais para sermos nós mesmos, mas essas performances ganham vida própria. Às vezes, as vemos como nossas melhores versões”, resume a psicóloga e socióloga Sherry Turkle, responsável por um departamento que estuda identidade e tecnologia no MIT (sigla em inglês para Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Em seu livro “Alone Together” (“Sozinhos Juntos – Por Que Esperamos Mais da Tecnologia e Menos dos Outros”, em tradução livre), ela é categórica ao dizer que a tecnologia tem impacto em quem somos. 

Alguns acreditam que os computadores são 'apenas' ferramentas. Mas o 'apenas' desta frase engana [...], o computador está nos mudando e nos moldando

Sherry Turkle, psicóloga e socióloga do MIT

Ex-miss febem vida fake

O conflito entre real e virtual pegou carona na viagem feita por Jarryd e Alesha. Durante uma temporada na China, a relação de sete anos entrou em um círculo vicioso de briga, desentendimento, pouco caso, raiva e ataques. Enquanto isso, nas redes sociais, tudo continuava… incrível. “O virtual pode distorcer a percepção que temos de nós. Sempre que brigávamos, olhávamos nossos posts e dizíamos: ‘mas olha como temos sorte’. Sabíamos da diferença entre esses dois mundos, mas achávamos que uma postura positiva online nos ajudaria na vida real. Não ajudou”, afirma Salem ao TAB.

Tirar a verdade do armário foi ainda mais difícil porque o casal temia comprometer a reputação construída ao longo dos anos – seguindo a infalível lei de Murphy, junto com a crise conjugal vieram os tão esperados anúncios e patrocinadores. Aí entra outra questão, que é a possibilidade de hoje qualquer pessoa com o à internet virar uma marca. Se antes só modelo fazia propaganda de xampu, hoje a garota do Instagram também faz. Se o casal sensação aparecia na capa da revista, hoje ele mostra o beijo de bom dia no Snapchat. Com essa mudança, muitos acabam colocando suas vidas na vitrine em troca de reconhecimento, presentes, patrocínio ou sabe-se lá o quê. O contador de likes sobe, e o número de seguidores, também, sem necessariamente impactar a outra vida (aquela das contas a pagar).

Considere também que a já estabelecida indústria da fama tem mecanismos para separar a pessoa física daquilo que ela representa para o público. “No caso do indivíduo comum, não há estrutura para dar e ao personagem criado. Eles ficam por conta própria dentro de figuras fictícias, atuando no palco da rede social. Lá, estão suscetíveis ao reconhecimento, ao aplauso, mas também a xingamentos, vaias e ofensas que podem atingir o emocional”, afirma o psicólogo Valter Guerra Hadad.

No caso dos viajantes Jarryd e Alesha, a história teve final feliz – ao menos até a publicação deste TAB. Os dois continuam namorando, seguiram viagem e dizem nunca ter se sentido tão próximos dos seguidores quanto agora, depois que revelaram o perrengue emocional. “Todos querem ver fotos e posts legais, mas o mundo merece a verdade. É isso que estamos tentando mostrar.” Um indicador dessa mudança pode ser visto num post recente, onde relatam suas melhores e também piores viagens dos últimos dois anos – “shittiest” (ou “mais merda”) foi o adjetivo usado para não deixar dúvidas sobre os pontos baixos do roteiro. Se a moda pega e a verdade entra para os trending topics, talvez tenhamos de tirar nossos ventiladores da sala.

Sem recorrer aos filtros, é preciso itir que este texto cai numa armadilha ao colocar em xeque o que é verdade. Como medir, avaliar, julgar se a vida que você posta e as pessoas que você consome através de telas são mesmo reais? A questão vem sendo debatida muito antes da existência de qualquer perfil virtual. No livro "A Representação do Eu na Vida Cotidiana" (1959), por exemplo, o sociólogo Erving Goffman relata como interpretamos um personagem diante dos outros. "Em casos extremos, o indivíduo se engana com seu próprio ato. Pode honestamente convencer-se que a realidade apresentada por ele é mesmo verdadeira." Ou seja: há quem viva uma espécie de realidade aumentada sem nem se dar conta.

A causa do problema pode estar na constante busca por atenção – algo que na internet se resolve logo ali, com alguns has. “O virtual abre um leque de acolhimento, sendo o caminho mais fácil para a satisfação dos anseios - principalmente nas redes sociais”, explica o psicólogo Hadad. Segundo ele, o indivíduo pode não perceber a disparidade entre o real e aquilo que deseja (ou posta). “Alguns tentam corrigir algo inável por meio da elaboração de um desejo externo [por exemplo não ter amigos, mas fingir ser alguém popular]. Em muitos casos, trata-se de um mecanismo inconsciente”, completa.

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O fotógrafo japonês Keisuke Jinushi, 30, sabe o que faz: posta no Instagram fotos românticas com uma namorada fictícia. Ela ganha vida, por exemplo, quando Keisuke pinta as unhas para simular a interação entre os dois. Os céticos dirão que não a de uma piada, mas em entrevista ao “Japan Times” o fotógrafo não parece estar de brincadeira. “Queria que pensassem que tenho uma vida completa e sentissem inveja de mim. Queria ir a uma reunião e me gabar de minha vida, apesar de nunca ser convidado para esses eventos.” Ele pretende continuar com as montagens, uma prática que começou em 2012, pois diz que elas o fazem acreditar em seu sucesso: ter uma namorada, uma família, uma casa.

Devem questionar por que eu realmente não faço algo a respeito disso [conquistar o que deseja]. Mas, para mim, é muito esforço

Keisuke Jinushi, fotógrafo e criador de namorada fictícia

Diante disso só nos resta repetir a sábia pergunta de David, o garotinho que ficou famoso no YouTube após seu pai filmá-lo na volta do dentista: “Is this real life">window._asyncLoadScript = function asyncLoadScript(src) { var script = document.createElement('script'); script.type = 'text/javascript'; script.async = true; script.crossOrigin = 'anonymous'; script.src = src; document.head.appendChild(script); return new Promise(function(resolve) { script.onload = script.onreadystatechange = function() { if (!script.readyState || script.readyState == 'loaded' || script.readyState == 'complete') { document.head.removeChild(script); script.onload = script.onreadystatechange = null; resolve(); } } }); }; ;(function (document) { var generics = [ '//c.jsuol.com.br/assets/?loadComponent=media&contentType=js&tpl=assets/dist/libs/duckslake-sdk.min&cache=202505281839', '//c.jsuol.com.br/assets/?loadComponent=media&contentType=js&tpl=assets/dist/uol-talker/uol-talker&cache=202505281839', '//c.jsuol.com.br/assets/?loadComponent=media&contentType=js&tpl=assets/dist/libs/frameworks.min&cache=202505281839', '//c.jsuol.com.br/assets/?loadComponent=media&contentType=js&tpl=assets/dist/libs/libs.min&cache=202505281839', '//c.jsuol.com.br/assets/?loadComponent=media&contentType=js&tpl=assets/dist/libs/angular.min&cache=202505281839', ]; // carrega todos os scripts não dependentes um do outro var promises = generics.map(_asyncLoadScript); return Promise.all(promises) .then(function() { // carrega a expose e os scripts necessários para webpack return Promise.all([ '//c.jsuol.com.br/assets/?loadComponent=media&contentType=js&tpl=assets/dist/exposejs/expose.min&cache=202505281839', '//c.jsuol.com.br/assets/?loadComponent=assets&contentType=js&tpl=vendors.js,runtime.js,main.js&hash=e023fa58124d35fd090e077e0456a61c30161651a4d95bf5c21f9969cf33&origin=vendors-js', ].map(_asyncLoadScript)); }) .then(function() { // Executa o UOLoader e carrega os scripts que dependen da expose // Como são ações que não dependem de si, rodam em paralelo return Promise.all([ UOLoader([{"id":"special-thematic","path":"projects/specials-default/special-thematic"},{"id":"svg-icons","path":"structure/bootstrap/svg-icons"},{"id":"news-notice","path":"basics/news-notice"},{"id":"header-menu","path":"basics/header-menu"},{"id":"widget-profile","path":"basics/widget-profile"},{"id":"back-to-top","path":"basics/back-to-top"},{"id":"header","path":"basics/header"},{"id":"special-cover","path":"projects/specials-default/special-cover"},{"id":"special-nav","path":"projects/specials-default/special-nav"},{"id":"special-video","path":"projects/specials-default/special-video"},{"id":"modal-content-ticker","path":"basics/modal-content-ticker"},{"id":"special","path":"projects/specials-default/special"},{"id":"","path":"basics/"},{"id":"scroll","path":"structure/bootstrap/scroll"},{"id":"piano","path":"basics/piano"},{"id":"google-one-tap","path":"structure/google-one-tap"}]), ...[ '//c.jsuol.com.br/assets/?loadComponent=media&contentType=js&tpl=alert,forms,photo,read-more,modal,babel,babel-,contauol-,babel-service,suggest,ads,share&cache=202505281839', ].map(_asyncLoadScript), ]); }) .then(function() { // roda o primeiro render render(); // dispara evento que indica que o primeiro UOLoader foi completo window.gevent.emit('firstLoaderDone'); }); })(document);